Quantas vezes já lhe aconteceu ser projectado para os doces momentos da sua infância pelo simples captar de um aroma? Ou se sentiu regressado à mesa das refeições em família por particulares fragrâncias alimentares?
Apesar de muito desconsiderado, hoje em dia, o sentido do olfacto tem essa capacidade extrema de, mais do que qualquer outro, nos despertar memórias e emoções. Mas porquê?
A doutora Jordan Gaines Lewis, no seu artigo “Smells Ring Bells: How Smell Triggers Memories and Emotions*“, mostra como a anatomia do cérebro pode explicar porque os cheiros evocam, de maneira tão vívida, memórias e emoções.
Diz ela que “os cheiros recebidos são processados pela primeira vez pelo bulbo olfatório, que começa dentro do nariz e corre ao longo do fundo do cérebro. O bulbo olfativo tem conexões diretas com duas áreas do cérebro que estão fortemente implicadas na emoção e na memória: a amígdala e o hipocampo. Curiosamente, as informações visuais, auditivas (som) e táteis (toque) não passam por essas áreas do cérebro. Pode ser por isso que o olfacto, mais do que qualquer outro sentido, é tão bem sucedido em desencadear emoções e lembranças.”
Infelizmente, da mesma forma que os odores nos conduzem a ternas recordações, também nos empurram para vivências negativas, sobretudo, como nos diz Jordan Gaines Lewis, no caso de pessoas com transtorno de stress pós-traumático.
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Fontes: *Revista Psychology Today (Smells Ring Bells: How Smell Triggers Memories and Emotions)
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